Em nome dos jogadores, Miguel Neves alerta para o drama que estão a viver, “temos de ser claros, é preciso que as pessoas saibam que a SAD deve quatro meses e meio de salários a seis jogadores, um mês e meio a outros e boa parte do plantel não recebeu qualquer verba desde que assinou pelo Fátima em Fevereiro”.
Os salários em atraso têm como referência os dias efectivamente trabalhados até à suspensão do campeonato, ou seja até meados de Março.
“É preciso que se saiba que só não há fome porque o Sindicato deu uma ajuda, assim como um grupo voluntário de jogadores da zona Sul que se uniu para ajudar quem precisa. É um assunto da SAD, mas é o nome de Fátima que está em causa, é bom que o clube e a própria cidade também tenham consciência disso, até porque encontrar emprego nesta fase também não é fácil”.
Para além dos jogadores, também os funcionários têm passado por dificuldades, havendo casos de onze meses de salários em atraso, segundo foi possível apurar. Perante este cenário, a administração da SAD continua a dar garantias de pagamento e de resolução de todos os problemas sem adiantar prazos, podendo estar eminente a entrada de um novo investidor na SAD, em parceria com os actuais. Argumentos que não convencem jogadores e funcionários.
“Já andamos a ouvir isto desde Outubro, parece‑nos claro que esta administração não tem capacidade para resolver os problemas da SAD”, conclui Miguel Neves.
Artigo de Nuno Miguel Oliveira, publicado na edição de 8 de Maio do Notícias de Fátima