Hugo Major, um dos elementos que integra a comissão que está a gerir o clube, admitiu que "é cada vez mais difícil encontrar pessoas disponíveis" para o associativismo.
Mesmo assim, reconheceu que "ainda há pessoas que ajudam, que têm um coração enorme". E particularizou, referindo-se a Fernando Gaspar, que assegura as actividades do dia a dia da associação, "há muitos anos". Surpreendido com o gesto, o colaborador agradeceu, referindo que procura fazer o seu melhor.
O presidente da Junta de Freguesia de Fátima, Humberto Silva, reviu-se nas palavras de Hugo Major quanto à dificuldade de encontrar pessoas disponíveis para o associativismo. E agradeceu "a todos os que ajudaram a construir", o Eirapedrense, em particular "à comissão que tem trabalhado para manter aberta a associação" , que se tornou no "ponto de encontro" da população.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Ourém, Natálio Reis, por seu turno, afirmou que este tipo de dificuldades são "inerentes"; a todas as associações, lembrando que o associativismo "ocupa muito tempo".
E mostrou-se agradado por verificar que o Eirapedrense continua a contar com "pessoas dedicadas", salientando o exemplo do Sr. Fernando.
"Continuem com este espírito comunitário e de ajuda", disse, defendendo que "é bom não perdemos, pelo menos nas aldeias, este espírito de comunidade".
Coube ao presidente da Assembleia Municipal de Ourém, João Moura, encerrar os discursos. O autarca esteve em sintonia com os antecessores. Valorizou o papel das colectividades, "num mundo cada vez mais egoísta e individual". Nas suas palavras, "são a única coisa que nos resta para contrariarmos"; esta tendência e "para nos fazer sair de casa".
"Os troféus são importantes, mas mais importante são as pessoas e o convívio", disse, dando os parabéns ao Eirapedrense e às pessoas da Eira da Pedra que "vão mantendo viva esta associação".