Daniel Portela acompanhou a formação do actual grupo de trabalho em Janeiro, desenvolveu uma estratégia durante cerca de dois meses e… foi dispensado após o empate em Condeixa, no dia 9 deste mês. Para além dos agradecimentos da praxe, não foram avançados motivos para o seu despedimento por parte da administração da SAD. Para o seu lugar foi escolhido Marco Bicho, um homem de confiança de Sandro Giovetti, o actual director desportivo. Com uma curta carreira de treinador, apenas época e meia, Marco Bicho trabalhou na formação do Palmelense e do Olímpico do Montijo e já esta época foi adjunto na equipa que também compete no Campeonato de Portugal. Como credenciais, é‑lhe reconhecido espírito de liderança por quem trabalhou com ele enquanto jogador e conhecimento do jogo.
Pela frente terá o seu primeiro grande desafio como treinador principal. Ciente da aposta que fez, o técnico vê no Fátima “uma boa oportunidade para conseguir mostrar trabalho num clube que tem um potencial muito forte apesar de estar a passar por alguns problemas”. O futuro da própria época é uma incógnita, estando a ser estudados vários cenários pela Federação Portuguesa de Futebol. Caso possa, de facto, estrear‑se no comando técnico da equipa, Marco Bicho promete “honrar o nome do clube”. Contudo, o seu maior desafio será mesmo motivar o grupo de trabalho e focá‑lo. No plantel há seis jogadores que já conheceram quatro treinadores só esta época e que, pelo que é público, continuam com os meses de Outubro, Novembro e Dezembro por receber, os restantes estão no plantel desde Janeiro e Fevereiro e no momento em que começavam a ter alguma identificação com o clube, saiu o treinador e os treinos foram suspensos devido ao Covid ‑19.
Nuno Miguel Oliveira
fotografia: CD Fátima