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Isabel Jonet anuncia nova campanha do Banco Alimentar

31-10-2019
Isabel Jonet, presidente da Federação das Associações dos Bancos Alimentares Contra a Fome, anuncia as datas da próxima campanha nacional; destaca o papel dos voluntários e sublinha que o coração dos portugueses sabe ser generoso. Também Fátima tem uma estrutura local, ligada ao Banco Alimentar de Leiria ‑Fátima, que, como habitualmente, estará ao serviço nos supermercados da cidade.

Quais as novidades para a campanha deste ano?

A próxima campanha de recolha de bens alimentares terá lugar, como vem sendo hábito, em três modalidades: com voluntários, que, no fim‑de‑semana de 30 de Novembro e 1 de Dezembro, convidarão as pessoas que vão às compras a partilharem alimentos com quem tem carências da sua região; com vales, colocados junto às caixas dos supermercados e na internet, no site www. alimentestaideia.pt, entre 28 de Novembro e 8 de Dezembro. O apelo é sempre o da dádiva e da partilha: para que a mesa de quem precisa de apoio alimentar possa receber alimento igual ao que vamos comer na nossa casa. Uma vez mais procuraremos reduzir o número de sacos, reutilizando nas lojas os sacos que são oferecidos a cada doador, numa preocupação de sustentabilidade.

Qual o valor que atribui ao voluntariado? 

Estas campanhas só podem ser realizadas porque contamos com a ajuda de voluntários que, com muita generosidade e dedi‑ cação, colaboram – durante estes dois dias de forma mais intensa, mas durante todo o período que as antecedem – dando o seu tempo e esforço na construção de uma sociedade mais justa. Este trabalho é determinante para o êxito das campanhas e sem ele não as poderíamos levar a cabo. São voluntários de todas as idades, com motivações variadas, de diferentes origens que se unem por uma causa: a luta contra as carências alimentares.

Temos tido notícias de apelos do Banco Alimentar de Leiria‑Fátima, em procura de voluntários…

O Banco Alimentar de Leiria‑Fátima, com sede e armazém em Parceiros, é um dos 21 Bancos Alimentares em actividade hoje em Portugal. Seria importante conseguir mobilizar mais voluntários que possibilitassem a entrega de mais fruta e legumes e assim levar estes bens às instituições da zona. De qualquer forma, nas cam‑ panhas de recolha muitos são os voluntários e entidades que se associam e respondem ao apelo que é lançado a nível nacional, partilhando alimentos e doando o seu tempo.

Da sua larga experiência, parece‑lhe que podemos dizer que actualmente em Portugal se vive melhor ou pior?

Infelizmente, em Portugal há ainda muitas pessoas que vivem com rendimentos familiares muito reduzidos. Um milhão de pessoas dispõe de menos de 250€/mês e dois milhões dispõe de menos de 450€/mês. E é muito elevada a taxa de pobreza. Há muitos idosos com pensões de reforma muito baixas e há so‑ bretudo muito trabalho precário e muitos trabalhadores pobres. Quando a baixos níveis salariais se juntam créditos, dependentes com deficiências ou doença, é muito importante o apoio soli‑ dário e caridoso. E os portugueses estão mais ou menos solidários? Felizmente, os portugueses têm o coração nas mãos e, quan‑ do confiam nas instituições ou conhecem casos de necessidade, ajudam sempre com muita bon‑ dade; por isso, é preciso que as instituições deem contas e sejam transparentes na sua atividade diária.