Tem estado afastada de cargos mais mediáticos nos últimos anos…
Tenho estado afastada por motivos profissionais. Nunca foi meu objectivo ir atrás de cargos mais públicos. Aliás, entusiasma-me mais a causa pública do que a exposição pública.
Como é que surgiu a oportunidade de assumir a direcção da Aciso?
Surgiu por convite. Já não é a primeira vez que surgiu o convite, mas foi a primeira vez que o aceitei, porque, nesta altura específica em que me foi feito, tinha condições de o aceitar. É uma casa que emocionalmente me diz alguma coisa. Passei aqui já alguns anos da minha vida, dá-me gosto contribuir para que esta casa continue a contribuir para o desenvolvimento do concelho de Ourém. Foi por esse motivo que aceitei o desafio.
Como é que encontrou a Aciso?
Encontrei uma casa a desenvolver os projectos que já estavam iniciados. Mesmo esta área da promoção turística e da marca "Fátima", que eu acho que é uma área com um interesse elevado para o concelho e para a associação, já tinha sido iniciada. E nos últimos mandatos deram - e bem - continuidade a esse trabalho. A anterior direcção teve pessoas bastante especializadas na parte da promoção turística que a desenvolveram e profissionalizaram mais.
Há quem diga que a Aciso dá demasiada importância a Fátima em detrimento das restantes áreas…
Podem não ter tido o mesmo nível de desenvolvimento, mas em todos os mandatos há opções, e eu acho que as opções tomadas foram correctas. Fizeram-se apostas que deram maior expressão a projectos que são muito importantes para o concelho. Portanto, encontrei uma casa com as dificuldades inerentes às de qualquer mandato.
Quais são essas dificuldades?
Exigir um trabalho contínuo de procura dos melhores projectos a serem desenvolvidos, tendo em conta os recursos e as equipas existentes, e conjugar tudo para que se consiga fazer um trabalho com expressão. Penso que a Aciso tem conseguido fazer em algumas áreas um trabalho com grande expressão. A associação é uma associação empresarial do concelho de Ourém, não é uma associação da cidade de Fátima.
Acha que faz falta uma associação na cidade de Fátima?
Obviamente que não, porque considero que a Aciso tem feito - e bem - esse papel. Temos consciência de que a Aciso é uma associação empresarial do concelho de Ourém, sem prejuízo de ser extremamente importante aproveitarmos os recursos mais importantes que o concelho tem para servirem de alavanca para o desenvolvimento do resto do concelho. Não aproveitar os recursos que temos em Fátima seria uma má opção, porque um dos maiores recursos que o concelho de Ourém tem é o turismo, e vem fundamentalmente através de Fátima. Se nós pudermos aproveitar esse recurso, para criar desenvolvimento e dinamismo no resto do concelho, estamos a fazer bem o nosso papel para o resto do concelho. Adicionalmente damos apoio às restantes empresas do concelho de Ourém, mas esta aposta na promoção turística é extremamente importante, pelo efeito que pode ter no desenvolvimento de todo o concelho.
Já definiu as suas prioridades para o seu mandato? Vai dar continuidade ao plano estratégico definido pelos seus antecessores?
Há ajustes que têm de ser efectuados, até em termos de identificação das candidaturas que vamos poder fazer. Até ao final do ano surgirão candidaturas na área da internacionalização que nos vão permitir fazer o planeamento das acções que vão ser desenvolvidas, mas, em termos de estratégia de desenvolvimento, ela assenta basicamente nos eixos que estão definidos e naquilo que a Aciso tem vindo a apostar.