Notícias de Fátima (NF) - Qual é a sua ideia de felicidade plena?
Renato Carrasquinho (RC) – O Céu: esse lugar onde o tempo e o espaço deixam de ter importância, e apenas importa o amor verdadeiro, a partilha sem reservas, os caminhos sem fronteiras. Na Terra penso que a felicidade nunca é, nem será, plena. Cá, nesta “dimensão”, tudo tem um limite. No Céu penso que não. Assim sendo, a minha ideia de felicidade plena, conjugada com a de alegria jubilante, é o Céu.
NF - Qual é o seu maior medo?
RC – Considero-me uma pessoa cuja fé em Deus é tão forte, tão esclarecida e tão inabalável, que o medo deixou – desde há muito tempo! – de fazer parte da minha vida. Eu procuro ser prudente, isso sim, e, portanto, evitar situações de perigo, mas quanto a medos penso já não ter medo de nada. O medo é o oposto da confiança. Eu prefiro uma atitude confiante perante todas as adversidades e os desafios da vida, antes isso do que ter medo.
NF - Qual é a característica que mais detesta em si mesmo?
RC – Sou profundamente (quase doentiamente, diria) saudosista. É muito bom sentir saudades de algo ou de alguém, mas, no meu caso, e no que se refere a pessoas, sobretudo pessoas que já passaram pela minha vida, que a enriqueceram e que hoje já não se encontram neste mundo, algumas deixaram uma saudade tal que, em mim, parece não ter fim, é quase como uma infinita dor de coração, algo que não consigo explicar por palavras.
NF - Qual é a característica que mais detesta nos outros?
RC – A ingratidão por parte dos outros é algo que me dilacera. Não acho que as pessoas tenham necessariamente de ser gratas, mas não precisam – nem devem – ser ingratas. A ingratidão é algo que não suporto nos outros e, da minha parte, procuro não a ter para com ninguém.
Leia a entrevista na integra na edição impressa de 25 de Outubro de 2024