É discreto e confessa ser-lhe difícil partilhar a sua fotografia no jornal, prefere partilhar o que construiu no berço da cidade, o que sente na cidade, o que pensa da cidade. Samuel Neves tem 23 anos "quase completos, se o tempo o permitir", é licenciado em Matemática pela Universidade do Porto e actualmente está a realizar um Mestrado em Filosofia na Universidade de Lisboa.
Começou a escrever poemas aos 10 anos e escreve ocasionalmente para o jornal Diferencial do Instituto Superior Técnico, mas não necessariamente poemas. O último que escreveu na referida publicação foi uma elegia a Eduardo Lourenço, que "recentemente partiu num dia suspeito".
Natural de Fátima, encanta-se com a "harmonia de contrários que tem esta pequena grande cidade. É ao mesmo tempo bucólica e citadina, juvenil e adulta, mecanizada e manufacturada, individual e colectiva, familiar e turística, silenciosa e barulhenta, móvel e imóvel. Além disso, é uma cidade que atrai partes de todo o mundo, de diversas crenças e culturas. Como é possível caber tanto em tão pouco?".
Na edição de 8 de Outubro publicamos a conversa que tivemos com o Samuel Neves.