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Vítor Frazão

Vítor Frazão

Reabertura do processo “Fátima a concelho”

 Um “caso especial” no país

Este ano, Fátima celebra três aniversários de profundo significado: o 50º aniversário do 25 de Abril/74 e outros dois ocorridos em 2003: o 20º aniversário da aprovação, por unanimidade, da criação do Concelho de Fátima e o veto do Sr. Presidente da República.

Esta legítima aprovação deixou-nos eufóricos, já o veto presidencial, - de má memória -, quartou-nos a liberdade e destroçou o esforço despendido.

Fátima merece uma nova oportunidade, pois, além de ser um “caso especial” é, por excelência, o lugar estratégico do mundo católico aonde acorrem milhões de peregrinos e turistas. Encerra, em si, uma mundividência civilizacional, com indesmentíveis reflexos nacionais e internacionais, que faz dela um motor de desenvolvimento socioeconómico que contribui para o consequente enriquecimento da região e do País.

Afinal, a ambição continua viva e fatimenses há que, duma forma esclarecida e responsável, voltam a expressar a firme vontade de se recuperar o “direito irrefutável” que nos assiste. Desafiaram-me para reatar o processo e, (liberto de interesses pessoais ou políticos), decidi ombrear nas seguintes condições:

- Não prometer o concelho mas, com fatimenses que abracem a causa,- assim o espero-, lutar pela reactualização do processo e a sua reabertura junto das instâncias competentes;

- Constituir um “rejuvenescido” Movimento Pró-Concelho de Fátima com uma Comissão de Coordenação Geral e Equipas Sectoriais que satisfaçam os pré-requisitos da Lei da Criação de Municípios. Deseja-se, ainda, que (“nele”) haja cidadãos de todas as aldeias que compõem a Freguesia de Fátima;

- Antes de iniciar contactos para encontrar quem o presida, ouvir os presidentes dos três anteriores Movimentos (1992, 2003 e 2022) a quem, como prova de gratidão, se agradecerá o empenho;

- Criar uma lista de honra com os nomes de todas as pessoas que colaboraram nos Movimentos supracitados;

- Embora de matriz “Apolítica”, abordar-se-ão os partidos políticas e movimentos de cidadania para lhes pedir o apoio, contudo, sem ficar “refém” deles, pois o Movimento visará, com independência e isenção, tão só, os interesses da Fátima;

- Auscultar-se-ão todos os organismos, públicos e privados, representativos dos sectores vitais da nossa sociedade, e, bem assim, a Igreja;

- Pautar a iniciativa respeitando as ligações históricas a Ourém, nunca hostilizar os órgãos autárquicos locais e concelhios ou os oureenses.

Oportunamente, dar-se-ão notícias.

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