A Assembleia Municipal de Ourém aprovou, por maioria, registando 26 votos a favor e sete abstenções do Partido Socialista (PS), MOVE e CHEGA, o Orçamento da Câmara e as Grandes Opções do Plano para o Quinquénio 2022/2026.
No período que antecedeu a votação, o presidente da Câmara Municipal de Ourém, Luís Albuquerque, reforçou a “incerteza e a imprevisibilidade” do orçamento, a começar, desde logo, pelo Orçamento de Estado, que só será aprovado depois das eleições legislativas de 30 de Janeiro. “Estamos a trabalhar com números que estavam plasmados no Orçamento que não foi aprovado, não sabemos se é esse o valor que será transferido para o Município”, explicou.
Os deputados das diferentes bancadas fizeram perguntas e deixaram críticas e sugestões.
Filipe Mendes, PS, criticou o valor “simbólico” destinado aos caminhos de Fátima, considerando que deviam ter “um investimento muito superior”. Referiu ainda o facto de a requalificação da Avenida Irmã Lúcia de Jesus estar prevista só para 2025 e o Parque da Cidade para 2027.
Paulo Sá, CDS-PP, destacou “o rigor e a disciplina orçamental do actual executivo municipal”.
Já João Pereira, MOVE, considera que o actual executivo não tem uma estratégia para o concelho. “São extremamente importantes todas as obras incluídas no orçamento, mas se não sabemos para onde vamos dificilmente lá chegaremos. Nós podemos verificar que existe uma política ao nível da gestão de qualidade, que existe uma visão, que existem objectivos estratégicos, mas, na prática, são conceitos vagos”, observou.
A reportagem da sessão está disponível na edição de 07 de Janeiro de 2021. Assine o NF.
Foto: assembleia Municipal