Apesar da bonita idade, goza de boa saúde e só não trabalha porque os filhos não a deixam. “Só tem autorização para rezar e fazer renda”, brinca uma das filhas, Belinha Mendes, acrescentando que se a deixassem continuava a atender os clientes que entram na sua loja de artigos religiosos. “Despacho os clientes que é um instante”, diz a aniversariante, que ainda faz as contas à moda antiga, sem recurso à máquina calculadora - basta uma lapiseira e um papel.
Diamantina é uma lutadora. Teve uma vida de luta e trabalho. Aliás, acredita que o segredo da sua longevidade está em “comer pouco e trabalhar muito”. Nasceu no Montelo, é a quarta de oito irmãos. Fez o ensino primário na antiga Escola Primária de Fátima e começou cedo a ajudar o pai no negócio. “O meu pai tinha duas barracas ao pé do Santuário, nós éramos oito filhos, andávamos a vender com os cestos cheios de artigos religiosos”, recorda, sem esconder uma certa nostalgia: “Era uma maravilha naquele tempo, hoje temos medo de tudo com estas guerras…”.
Casou aos 19 anos com António Vieira, natural de Currais - Valinho de Fátima. “Era uma maravilha, coisa melhor não devia haver”, confessa a aniversariante, que casou cedo para impedir que o marido, que era filho único, fosse à tropa. Após o casamento, ficou a viver em casa dos sogros, que tinham uma pequena mercearia/taberna. Contudo, não se adaptou ao negócio. Então, decidiu mudar-se para a Cova da Iria, onde começou a vender artigos religiosos. Primeiro sozinha, depois o marido juntou-se a ela.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 1 de março de 2024.
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