“Saímos da Maxieira quatro, fomos até Castelo Branco. Lá, meteram‑nos num camião, como fazem agora com os imigrantes, e quando chegámos à fronteira francesa éramos 80”, recorda o artista, que dormiu a primeira noite no bairro de lata de Champigny, nos arredores de Paris, e depois foi viver para casa de familiares. Jacinto Luís começou a desenhar e a pintar em França, incentivado por um colega de trabalho.
“Eu trabalhava numa casa, a fazer rebuçados, e havia lá um lisboeta muito famoso que me dizia: ‘Tu não fiques aqui, vai para Paris, nem que seja lavar pratos. E foi o que eu fiz”, recorda o artista, que iniciou a sua carreira nessa altura. Dono de uma obra ímpar e internacionalmente reconhecida, Jacinto Luís sente‑se diminuto em relação a outros artistas.
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