“A rádio deve ser o único meio de comunicação que ainda nos deixa sonhar”, disse, referindo que “na rádio tudo fala, os silêncios falam, as palavras falam e, quando estamos a contar uma coisa em rádio, uma pequena história que seja, sabemos que estamos a contá-la à nossa maneira, mas o nosso ouvinte está a absolvê-la e está a imaginá-la à sua maneira”.
“E qual é a outra coisa que cria isso?”, perguntou e respondeu: “É o livro”. Nas suas palavras, o livro também tem “essa magia”. “Nós somos os realizadores visuais daquilo que estamos a ler”, afirmou. Neste contexto, lamentou que “o nível de pessoas a ler livros seja muito diminuto comparativamente à população de cada país”. No caso de Portugal, considerou que “quem escolheu os livros para serem lidos na escola esqueceu-se de se meter na pele dele próprio quando tinha a idade daqueles a quem os livros que escolheu se dirigem. São excelentes livros? São. Os nossos clássicos são fantásticos? São, sem dúvida”, afirmou, mas reconheceu que “pôr um miúdo de 12 anos” a ler Lobo Antunes ou Saramago “é o remédio certo para que não queira ver mais um livro à frente”. Segundo o apresentador, “se queremos conquistar jovens para a leitura e se queremos que eles se apaixonem pelos livros, há um longo caminho ainda a percorrer, no sentido de escolher a estratégia exacta e inteligente para que isso possa acontecer”.
António Sala confessou que “em miúdo era péssimo aluno em tudo”, excepto a fazer redacções. “Aquilo para mim era um desafio”, afirmou, realçando que “adorava a página em branco, é o início de tudo, é o início da criatividade”.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 26 de abril de 2024.
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