A relação deste artista, natural de Casal dos Bernardos e residente na cidade sede do concelho de Ourém, com a pintura tem tido altos e baixos. Em miúdo, gostava de desenhar nas paredes dos galinheiros. “Eu sou de 1980, na altura não havia o acesso que há hoje”, começa por referir. E acrescenta que “hoje vamos a uma papelaria e há tudo e mais alguma coisa, na altura - e ainda por cima numa aldeia como o Casal dos Bernardos, não tínhamos acesso a essas coisas”.
Mesmo com parcos recursos, a Educação Visual sempre foi a sua disciplina preferida. Além disso, era um participante activo em concursos de desenho, quer fossem promovidos pela escola ou por jornais e revistas. E era um “orgulho” ver os seus trabalhos publicados e distinguidos.
Quando concluiu o 9.º ano, na escola da Freixianda, uma professora aconselhou-o a seguir a área das artes, mas isso obrigava-o a ir estudar e viver para Tomar. Optou por ficar em Ourém, até porque não via “na pintura ou no desenho uma forma de ganhar dinheiro”. “O que a gente via na aldeia era o pessoal a trabalhar no sector primário, na agricultura, na construção…”, afirma Bruno, que acabou por seguir o curso de Tecnologias de Administração. “Pensava que trabalhar num escritório já era bom”, afirma sem conter o riso.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 19 de janeiro de 2024.
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