Ao longo dos últimos 20 anos tem havido campanhas de prevenção de afogamentos de crianças e jovens e, havendo melhoria, mas ainda com um longo caminho a percorrer para que o afogamento deixe de ser a segunda causa de morte acidental nestas faixas etárias em Portugal.
Com este meu artigo quero deixar algum aconselhamento que pode ser útil na prevenção destes casos:
- Adaptação do ambiente e colocação de barreiras físicas que dificultem o acesso à água, como vedações em piscinas, coberturas ou tampas em poços;
- Ter equipamento de socorro e salvamento no local, como por exemplo uma pequena bóia;
- A utilização de auxiliares de flutuação, como braçadeiras, quando as crianças estão a brincar perto da água;
- A supervisão de um adulto, sempre, é fundamental em que este deve saber nadar;
- O desenvolvimento de competências aquáticas das crianças e dos adultos não se devem limitar a saber nadar, mas também à aquisição de conhecimentos na área de segurança na água e até saber o suporte básico de vida nas situações de risco de alguém;
- Escolher locais vigiados para tomar banho;
- Na prática de desportos náuticos todos devem usar coletes salva-vidas adaptados ao seu peso;
- Ensinar as crianças que não se deve mergulhar em locais onde se desconhece a profundidade;
- Ensinar às crianças, à medida que vão crescendo e de forma adaptada à sua idade e fase de desenvolvimento, as regras de segurança da água explicando os riscos e consequências de atitudes menos correctas;
- Não entrar na água para tentar salvar o outro se não souber nadar;
- Ligar o 112 se houver dificuldades.
O afogamento é um grave problema de saúde pública e é urgente todos estarmos atentos e termos consciência de que pode acontecer em todas as famílias e não só aos outros.
Mais uma vez a prevenção é fundamental!
Helena Barroso
Médica de Família