A alergia à água – urticária aquagênica, é uma doença rara em que a pele desenvolve alterações pouco tempo após o contacto da mesma com a água. A alergia manifesta-se com qualquer tipo de água, seja do mar, da piscina, do suor, quente, fria e até filtrada para beber.
É mais frequente em mulheres, em que os primeiros sintomas surgem, normalmente, na adolescência. Os mais comuns são: manchas vermelhas, comichão, sensação de queimar e manchas com aumento de volume na pele.
Estes sinais surgem mais junto à cabeça como o pescoço, os braços ou o peito, mas pode-se espalhar por todo o corpo dependendo da região que esteve em contacto com a água. Em situações mais graves pode causar choque anafilático com sintomas de falta de ar, ruido ao respirar, sensação de “bola” na garganta ou rosto inchado. Neste caso terá de ir com urgência ao hospital.
O diagnóstico deste problema de saúde deve ser feito pelo Médico de Família, dermatologista ou alergologista que depois faz um estudo clínico.
Não existe uma causa definida para este problema, mas pensa-se que esta alergia pode ser provocada por algumas substâncias dissolvidas na água que entram no organismo pelos poros causando uma resposta do nosso sistema imunitário.
Embora não exista uma cura para esta alergia, há formas de tratamento que aliviam o desconforto como a toma de anti-histamínicos ou cremes de barreira.
A melhor forma de evitar que a alergia aconteça é não estar em contacto com a água, no entanto, nem sempre é possível pois é necessário beber e tomar banho. Em geral aconselha-se não tomar banho no mar ou na piscina e, em casa, tomar um ou dois banhos por semana por menos de um minuto, evitar exercício intenso que provoque muito suor e beber água usando uma palhinha para evitar o contacto da água com os lábios.
Trata-se de uma alergia que, de facto, interfere com a qualidade de vida da pessoa…sem dúvida algo com que nunca imaginamos que nos possa acontecer e algo que temos de entender e dar carinho e compreensão a quem tem esta alergia.