A nível sensorial vai havendo modificações na visão, no olfacto e no paladar, em que temos preferência pelo sabor doce ou muito salgado, preocupação acrescida com o nível de açúcar no sangue e da tensão arterial.
Na saúde oral, uma má dentição, perda de dentes, uso de próteses e diminuição da produção de saliva podem dificultar a mastigação e/ou deglutição. Isto pode levar a que os mais velhos reduzam o número de refeições, a qualidade das mesmas e ingiram pouco os nutrientes importantes.
No que se refere à parte gastrointestinal, vai havendo uma diminuição da produção de ácido clorídrico pela atrofia da parede do estômago e alterações até nos movimentos intestinais, o que provoca uma digestão mais lenta e difícil, algum desconforto abdominal e produção de mais gases com episódios de prisão de ventre.
Na função renal existe uma diminuição da capacidade de filtrar que faz com que o rim tenha mais dificuldade em ter o equilíbrio dos minerais no sangue. Há menos produção de urina, diminuição da sensação de sede e maior risco de desidratação.
Quanto ao metabolismo, está mais lento, menos necessidades energéticas diárias e maior risco de ter diabetes, também pela diminuição da produção de insulina.
Na composição do organismo a resistência física e a força muscular tendem a diminuir, em que a massa magra vai sendo substituída pela massa gorda, havendo também uma diminuição da densidade óssea o que provoca risco de osteoporose e de fracturas, principalmente nas mulheres.
Por fim, a nível psicossocial e com o avanço da idade, ocorrendo a perda da independência e a perda de entes queridos, há tendência para a depressão e a diminuição da auto-estima. A isto associam-se as alterações do apetite, a falta de disposição para cozinhar, o que se agrava quando a pessoa vive sozinha.
Todos estamos cientes que vamos envelhecer, mas no corre-corre do dia-a-dia não pensamos nisso nem por vezes damos valor e atenção aos mais velhos. É precisar ter momentos para parar, olhar e pensar no que está à nossa volta…afinal a velhice está aí….