Podemos imaginar que a actual experiência de tensão e isolamento social vai servir para repensarmos o nosso comportamento e estilo de vida.
A crise provocada por este vírus aumentou o nosso nível de ansiedade como nunca o conhecemos e vai deixar marcas profundas na nossa sociedade.
Como todas as “tragédias”, existe o lado positivo que agora só paira na imaginação. Percebemos que muitas profissões podem passar a fazer parte do exercício profissional no domicílio (perdendo menos tempo nas deslocações, com melhoria da qualidade de vida e menos stress), muitos gestos e serviços vão passar a ser feitos digitalmente (com maior comodidade), criamos novos hábitos de higiene e…vamos ter mais vontade de dar abraços.
A nova normalidade não será a que conhecíamos, por todas as transformações económicas, políticas, sociais e mesmo mentais que esta pandemia acarreta.
Para nós, profissionais de saúde, e todos os que cuidam de nós (bombeiros, forças de segurança, autoridades judiciárias, militares, cuidadores) … temos de manter a nossa força e vontade para que tudo funcione.
Lembro que também faz parte desta força, os portugueses, a sociedade civil, que, na maioria das vezes, souberam interpretar a gravidade da situação e responder às directrizes dadas. Muito sofrimento decorreu, muitos medos (da doença, da morte, das dificuldades económicas) mas, mais uma vez, nos temos de lembrar que somos Portugueses (que orgulho tenho em ser Portuguesa!), um “povo à beira‑mar plantado”, um povo de descobridores, de gente de trabalho e que sempre deu mostras do que é capaz!
Lembremo‑nos que fomos muito importantes no delinear do mapa‑mundo, pelas reconquistas, pela nossa capacidade de luta e pela nossa resiliência.
Que sejamos capazes de vencer mais esta etapa e acreditar num novo recomeço!