O cuidador (normalmente familiar) é a pessoa que, de modo informal, presta assistência ao doente, em que um cuidador profissional/formal é alguém com formação especializada.
O cuidador tem um papel muito importante, que exige uma dedicação total e uma aprendizagem constante dos cuidados a ter. A sua vida muda, radicalmente, porque o doente necessita de cuidados físicos, emocionais e sociais. Ser cuidador de um doente com cancro leva a um cansaço e desgaste porque tem de planear os cuidados diários básicos; estar atento às consultas e outros tratamentos, auxiliar no banho, hidratação, toma da medicação, refeições, troca de roupa, compras, garantir que na alimentação estão os nutrientes importantes; prestar cuidados perante sinais e sintomas mais graves; mostrar empatia perante as adversidades da doença, ter capacidade de reagir se surgirem problemas inesperados, ter estabilidade emocional e, ter disponibilidade em acompanhar o doente em diferentes horários.
É um trabalho difícil e deve ser acompanhado psicologicamente. Os profissionais de saúde (profissional hospitalar, medico de família, enfermeiro da unidade de saúde) podem ajudar, seja a ouvir os medos de perder o doente, o cansaço pelo desgaste, ensino no cuidar e na forma de enfrentar e lidar com as adversidades.
Deixo alguns conselhos que o cuidador deve ter em mente:
• Ajudar o doente mas incentiva‐lo a desempenhar algum papel nas suas atividades;
• Ter a capacidade de ver quando o dente se sente “mais em baixo”;
• Procurar ajuda de um profissional de saúde se estiver frequentemente em stress;
• Aceitar a realidade e procurar ter uma atitude bem‐disposta dentro do possível desfecho.
Ter uma atitude positiva e transmiti‐la ao doente oncológico, é fundamental. Não tem de lidar sozinho, os cuidados paliativos e o seu centro de saúde podem ajudar, essencialmente na dor, para que o doente e o cuidador sintam menos sofrimento.
Aos cuidadores só tenho a dizer: BEM HAJAM!