As nossas glândulas suprarrenais produzem 56 combinações diferentes de adrenalina para todo o tipo de actividade e emoções. Há uma combinação de adrenalina para tomar banho, outra para sonhar e outras dezenas para tarefas neutras que não estão associadas ao stress. Temos também outras combinações mais potentes (o óxido nitroso que falámos no artigo anterior) que se destinam a ser utilizadas apenas em emergências que nos dias de hoje são uma constante, pois parece que a nossa vida está sempre à beira do colapso. Activamos, então, a adrenalina para conseguirmos fazer uma enormidade de coisas num período de tempo mais curto do que nunca (“aumentando a potência do motor”). Esta adrenalina que alimenta os nossos cérebros (“motores”) está a pressionar os nossos neurotransmissores, a actividade eléctrica dos nossos nervos, as nossas células gliais e os nossos neurónios para além da sua capacidade total, antes do tempo previsto. Lembra-te que o óxido nitroso deve ser utilizado num curto período de tempo para evitar a explosão do motor. É, em parte, por isso que ouvimos cada vez mais falar em Alzheimer, perda de memória, desorientação, confusão, depressão, dificuldade de concentração, e demência. Estamos a ser levados aos nossos limites, “à explosão do nosso motor”.
Mas, infelizmente, os efeitos do uso excessivo da Adrenalina vão muito além dos efeitos cerebrais. Descobre mais no próximo artigo.