São estes os três pilares que deveriam servir de sustentáculo ao desenvolvimento e crescimento harmonioso de qualquer cidade, vila, aldeia, ou aglomerado urbano.
Ainda para mais no momento actual, em que esta temática se discute ao nível global e planetário, por todos os governos de países e nações, fazendo parte da ordem do dia e que muito irá condicionar os tempos e as gerações futuras. Ora, não é nada disso que se passa entre nós, na nossa cidade e demais lugares da freguesia, espaços circundantes e limítrofes. A problemática dos planos e da sua discussão, de que temos vindo a falar, referenciando e chamando a atenção para as várias lacunas, carências e insuficiências, nunca mereceram qualquer atitude ou reflexo positivo por parte das entidades e instituições com responsabilidades na área.
Peca‐se desde logo por restringir a discussão sobre Fátima (cidade – Cova da Iria), confundindo‐a com a restante freguesia, cujos problemas de fundo são praticamente ignorados. Só existe preocupação aonível do turismo, do combate à sazonalidade e pouco mais. Tudo o resto se omite e passa ao largo, sendo o caso mais flagrante o autêntico crime ambiental que se verifica com a polémica das pedreiras nas zonas de Casal Farto, Maxieira e Boleiros, seus reflexos negativos na qualidade de vida das populações, que se fazem sentir ao nível sanitário, ambiental e paisagístico, e se irão reflectir de modo igualmente negativo na vida da própria cidade, dos seus habitantes e de todos os que nos visitem. A preocupação do actual executivo e dos edis que nele superintendem visaram primordialmente os seus próprios interesses, em detrimento do interesse público.
Já o dissemos por mais do que uma vez, e não nos cansaremos de o repetir. No que respeitou ao PDM, foi da forma que se viu.
Agora, idêntica metodologia se está a levar a cabo no que toca ao PUF e aos planos de pormenor. No ano passado, sob o falso pretexto de se adequar o plano de pormenor da Tapada com o novo PDM, mexeu‐se cirurgicamente nele, para de forma capciosa se favorecer um particular que, entretanto, adquiriu parcelas de terreno nessa zona. Foi apenas isso que se passou e nada mais, como se pode constatar através da respectiva acta da AMO, de 28 de Junho de 2021, e do vídeo disponível que se pode visualizar em diversas plataformas digitais.
Para abrilhantar ainda mais a festa, de modo totalmente inexplicável, subtraiu‐se da discussão do novo PUF, toda a zona entre as duas rotundas – plano de pormenor entre as avenidas D. José Alves Correia da Silva e Papa João XXIII, vislumbrando‐se de novo o tal favorecimento de que falamos, aos proprietários dos terrenos nessa área, alguns dos quais, os mesmos que vimos referindo, com responsabilidades políticas ao nível do executivo camarário, ou de índole semelhante. Perante este cenário, ficam irremediavelmente comprometidas as aspirações de Fátima, no seu crescimento, no seu futuro, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável.
Boas férias, voltaremos em Setembro.