Assistimos esta semana a mais um espectáculo deprimente na Assembleia da República, parecido com um teatro encenado à volta de uma moção de censura. Cada partido aproveitou para lançar as culpas aos outros sobre a actual situação económico- política, esquecendo-se que tirando o inenarrável Chega (graças a Deus), já todos estiveram no poder ou apoiaram (caso da extrema esquerda) quem lá esteve.
Por outro lado, as desculpas para a não transformação estrutural do país chegam ao ridículo das declarações do ministro da Educação que afirmou aos jornalistas que “é preciso tempo” para fazer as reformas. Recorde-se que este governante está no poder há oito anos, primeiro como secretário de Estado e agora como ministro. Como se isto não bastasse, houve o caso caricato da visita da ministra do Ensino Superior à obra de uma futura residência universitária, na Anadia. Seria de aplaudir esta iniciativa se a referida localidade não ficasse a 30 quilómetros das universidades mais próximas, em Aveiro e em Coimbra. Confrontada com este problema logístico, foi referido que se pensava, no futuro, vir a criar um pólo universitário na Bairrada. Esta caricata história faz lembrar a já velha anedota política em que um candidato, empolgado, prometia no seu discurso, a construção de uma ponte para a sua aldeia natal. Tentaram chamá-lo à razão, recordando-lhe que a dita aldeia não tinha um rio. “Não faz mal – dizia ele – a gente mais tarde traz um rio para aqui”.
Leia a crónica completa na edição de 22 de setembro de 2023.
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