Hoje em dia, o que impressiona nas redes sociais e mesmo nalguns comentadores (?) televisivos é a facilidade com que emitem opiniões “abalizadas”, sem perceberem o que está em causa nesta guerra no Médio Oriente e quão profunda são as suas raízes. Sendo completamente impossível debruçamo-nos em profundidade sobre este tema numa simples crónica, ficam alguns apontamentos para reflexão.
No início do século XX, o Império Otomano era governado a partir de Istambul. Estendia-se desde as portas de Viena (Áustria), chegava à Arábia e ao Oceano Indico. De oeste a leste, cobria o que hoje são a Argélia, a Líbia, o Egipto, Israel / Palestina, a Síria, a Jordânia, o Iraque e partes do Irão. Nunca se incomodou em criar nomes para estas regiões. Em 1867 limitou-se a dividi-las em áreas administrativas, conhecidas como «Vilaietes».
Quando o Império Otomano foi destruído, o diplomata britânico Mark Sykes pegou, literalmente, num lápis de cera e desenhou, no mapa do Médio Oriente, uma linha tosca desde Haifa, no que é hoje Israel, até Kirkurk (no actual Iraque), a nordeste. Tornou-se a base do seu acordo secreto com o francês, François Georges-Picot, para dividir a região em duas esferas de influência. Os territórios a norte da linha ficariam sob o controlo francês, enquanto os que se encontravam a sul seriam submetidos à hegemonia britânica.
Leia a notícia completa na edição impressa de 20 de Outubro de 2023
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