1. Os dois filhos da activista iraniana Narges Mohammadi receberam, em seu nome, no passado domingo, o Prémio Nobel da Paz. A jornalista, actualmente detida no seu país, não vê os filhos há oito anos. O seu activismo já lhe custou 13 detenções, 31 anos de prisão e 154 chicotadas. É culpada de defender o fim do uso obrigatório do hijab (véu islâmico que cobre os cabelos) e a abolição da pena de morte. Fiquei à espera de ver na televisão uma grande manifestação de protesto junto à embaixada do Irão, organizada pelas associações feministas, pelos movimentos de extrema esquerda em Portugal, pelos grupos dos direitos humanos. Nada. Não é preciso explicar porquê, pois não?
2. Rentes de Carvalho, no seu livro “A ira de Deus sobre a Europa”, exprime a sua visão desencantada de velho revolucionário sobre a extrema direita ter tanto poder na Holanda (acabou de vencer as eleições). Uma simples passagem, para reflexão: “o tom era novo e à semelhança de um stand-up comedian, ousava o confronto, não hesitando em chamar as coisas pelo seu nome. E o que lhe faltava em visão compensava-o ele com o modo como se apresentava e a acidez dos remoques”. Qualquer semelhança com Portugal não é simples coincidência. São os fracos e corruptos governantes que temos, que fazem crescer a extrema direita. É tão simples quanto isto.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 15 de Dezembro de 2023.
https://www.noticiasdefatima.pt/como-colaborar