No Domingo há eleições autárquicas. É tempo de escolhermos quem nos vai representar a nível local e concelhio.
Infelizmente, há gente que pensa que não vale a pena ir votar. Por desinteresse, por comodismo, porque é mais fácil ser do contra e dizer mal de tudo, etc, etc…E isso é um erro terrível. Até porque não votar conta pouco para as estatísticas. O que conta são os votos nas urnas, as nossas escolhas conscientes dos que nos vão representar durante os próximos 4 anos.
Votar é falar, é dizer o que queremos, é escolher, participar, estar atento. É um dever cívico e um direito pelo qual muitas pessoas lutaram e morreram no passado. Para que possamos ter direito a um futuro, para podermos exigir que os que elegemos cumpram as suas promessas eleitorais.
E é de facto assim que entendemos a democracia. Diferentes percursos, diferentes visões de sociedade, diferentes partidos, mas iguais no essencial, na intransigente defesa do bem mais importante de todos: a qualidade de vida da nossa freguesia, servindo-a com dedicação e desinteresse.
É pois muito importante irmos votar, fazer a nossa escolha consciente. Temos de acreditar que poderemos construir uma Fátima melhor para os nossos filhos, que ainda estamos a tempo de fazer aquilo a que os brasileiros chamam de “levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima” desta pandemia que nos atingiu a todos de forma violenta.
Como é sabido, faço parte de uma lista, porque acredito no candidato Humberto Silva, que já deu sobejas provas da sua dedicação e do seu empenho em prol da freguesia de Fátima. Mas mais do que isso, porque apresenta uma boa equipa, forte, estruturada, com projecto e estratégia para o futuro. E também porque não me revejo em candidaturas que só apresentam soluções a curto prazo, avulsas, de 4 em 4 anos e que depois adormecem, letargicamente, até às próximas eleições.
Os que confundem a política com a intriga, nunca conseguirão ter uma visão muito clara do interesse local. O escritor Leon Tolstoi, escreveu um dia que “ há quem atravesse o bosque e veja apenas lenha para o fogo”. Denegrir apenas para se fazer ouvir não me parece que seja o caminho a seguir numa campanha eleitoral. São os projectos, as propostas estruturais, o trabalho feito em prol da freguesia que podem e devem fazer a diferença numa eleição local.
Até porque também precisamos de afirmar a nossa freguesia face à sede do concelho. Uma votação maciça em Fátima irá reafirmar a nossa vontade de participação, enquanto cidadãos conscientes, nos destinos de Ourém. Independentemente de querermos ser ou não ser concelho, temos de ser respeitados pelo poder camarário. E só o conseguiremos ser se, ganhe quem ganhar as eleições para a Junta de Freguesia, a abstenção não for muito elevada.
Não recupero o velho slogan dos tempos revolucionários de 1975, “o voto é uma arma”, mas lembro que está nas nossas mãos escolher quem nos deve dirigir rumo a um futuro que permita o desenvolvimento estrutural harmonioso da nossa freguesia e nos traga mais qualidade de vida. Por isso, independentemente da sua escolha política, não se esqueça de votar no próximo dia 26 de Setembro.