Notícias de Fátima
Sociedade Religião Lazer Educação Desporto Política Opinião Entrevistas Como Colaborar Contactos úteis Agenda Paróquia de Fátima Ofertas de Emprego
PUB

Miguel Ferreira

3 de junho, 2022

Enfrente a ansiedade

Assistimos nos últimos anos a uma forte tendência para a prática de exercício físico e cada vez mais pessoas estão empenhadas nessa tarefa, aumentando assim a saúde física. Ainda assim, continua a existir muitas pessoas que sofrem de stress, ansiedade e problemas de saúde mental. Passo a descrever a estratégia base para que possa enfrentar a ansiedade.

 

1. Reconheçamos a ansiedade

 

A ansiedade representa um grande perigo para a saúde mental de milhões de pessoas em todo o mundo. E aceitar essa realidade é o primeiro passo para resolvê-la. Infelizmente, muitas pessoas que sofrem de ansiedade vivem em negação. Isto explica por que apenas 36,9% delas recebem ajuda ou tratamento.

 

A aceitação é a chave. Se não aceitarmos que algo não está bem, não nos poderemos motivar a encontrar uma solução. Não poderemos aproveitar bem o presente se não assumir como nossa, a obsessão com o passado, bem como a antecipação do futuro que nos rouba o momento actual.

 

Quando nos tornarmos mais conscientes da nossa realidade actual, ficaremos mais calmos e controlados, o que, por sua vez, nos fará sentir menos ansiosos e mais felizes.

 

2. Repensar e reenquadrar a nossa história pessoal

 

É muito importante a maneira como percebemos o mundo e narramos a vida para nós mesmos. Esta é causa de como nos sentimos, da ansiedade e até da saúde mental.

 

Inúmeros estudos mostram que as pessoas com ansiedade percebem fundamentalmente o mundo de forma diferente, pois vêem as coisas como muito mais negativas e ameaçadoras quando na realidade o não são. Tipicamente, elas falam sobre si mesmas, sobre o seu ambiente, e o mundo que os rodeia, de forma negativa.

 

Esta tendência de ver tudo com uma lente negativa, da mesma forma que se vêem si mesmos sem recursos, conduz ao aumento da ansiedade.

 

Para nos sentirmos menos ansiosos, precisamos de aprender a reformular a forma como falamos. É fundamental ter cuidado com as palavras que usamos, redireccionando a linguagem e sentimentos para aqueles que são mais positivos.

 

Tal como afirmam o neurocientista Dr. Andrew Newberg e o especialista em comunicação Mark Robert, no seu mais recente livro Words Can Change Your Brain, ao usarmos palavras positivas para nos descrevermos e ao nosso ambiente, estamos a desmantelar a resposta de luta ou fuga que muitas vezes piora os nossos níveis de ansiedade.

 

Além disso, precisamos de repensar o modo como vemos o mundo, pois uma alteração na forma como percebemos as coisas pode mudar a forma como nos sentimos.

 

3. Decidir uma mudança

 

A nossa vida muda quando decidimos fazer uma mudança e fazer as coisas de forma diferente. Mas, como é que ‘se quer sentir’ é uma escolha? Como é que ‘quer ver o mundo’ é uma escolha que só nós é que podemos fazer?

 

Nós é que decidimos quais são os papéis que queremos desempenhar na vida e a forma como os executamos determinará o grau de felicidade e bem-estar.

 

O passado é passado. É irreversível. O futuro é incerto. Não o pode controlar.

 

Todos podemos viver intensamente o agora. Concentremo-nos em aproveitar o momento presente e aproveitar ao máximo o que este tem para nos oferecer.

 

Merece a pena, relembrar que embora inconsciente, a forma como cada um de nós vive a vida é uma escolha e que pode ser significativamente alterada.

 

 Bem hajam e boas escolhas.

Últimas Opiniões de Miguel Ferreira