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Miguel Ferreira

19 de fevereiro, 2021

Mude a linguagem, mude a sua vida

Muitas vezes, apenas uma simples mudança de vocabulário pode transformar as nossas vidas e conquistarmos uma realidade mais feliz e bem-sucedida.

As palavras que utilizamos influenciam a realidade em que vivemos, podem-nos fazer avançar e ter sucesso em todas as áreas das nossas vidas, ou pelo contrário, podem-nos colocar para baixo, desacreditando-nos em nós mesmos e até isolarmo-nos do mundo.

Por isso, é fundamental escolher de forma “impecável”, as palavras que utilizamos na nossa comunicação, connosco e com as pessoas ao nosso redor. Bernard Roth, professor de engenharia da Universidade de Stanford e director do Instituto de Design Hasso Plattner, sintetizou no seu livro “The Achievement Habit”, a forma como a linguagem é utilizada e como influencia o fracasso e o triunfo, sugerindo-nos mudanças no nosso vocabulário, que nos ajudam a alcançar o sucesso.

Deixo-vos as duas melhores sugestões do autor. Reflicta!

 

1. Trocar “mas” por “e”

A palavra “mas” está muito presente no nosso vocabulário, e tem a função de opor duas ideias. Usamos esta palavra quando queremos justificar, adiar ou impedir uma acção. Roth revela que frases como “sim, mas” tem intenções de auto-sabotagem, ou seja, faz com que criemos dificuldades para nós mesmos.

Por exemplo: somos convidados para ir ao cinema num dia em que temos um trabalho importante a fazer. O mais comum, seria responder: “Quero ir ao cinema, mas tenho trabalho a fazer”. O autor sugere-nos a dizer: “Quero ir ao cinema e tenho trabalho a fazer”.

Quando utilizamos a palavra “mas”, a mesma cria um conflito (e, às vezes, uma razão) para si mesmo que realmente não existe, ou seja, é possível ir ao cinema e fazer o seu trabalho, não ter de ser uma coisa ou outra, apenas só necessitamos encontrar uma solução. 

Por sua vez, quando utilizamos a palavra “e” o cérebro começa a considerar como pode lidar com ambas as partes da sentença. Neste caso, colocando a hipótese de ver um filme mais curto, dividir o trabalho com outra pessoa ou uma outra solução.

 

2. Trocar “tenho que” para “quero”

 

Sempre que pensamos em algo como uma obrigação, a frase “eu tenho que” surge na nossa mente. Neste sentido, Roth orienta-nos a substituir a palavra “tenho que” para “quero”. Ao fazer esta substituição, até as coisas que considerava desagradáveis se tornam mais fáceis, deixando de qualificar a vida como uma obrigação. Afinal quem é que gosta de “obrigações”.

Por exemplo, para aqueles que têm dificuldades na matemática, substituir a expressão de “tenho que ir” estudar matemática para “quero ir” estudar matemática, facilitará a relação com a tarefa, condicionando o grau de acção e consequentemente o benefício ou resultado. Naturalmente, quem diz matemática, diz o que quer que seja.

 

Esta estratégia neurolinguística é baseada numa técnica de solução de problemas chamada “design thinking”. Quando fazemos uso desta estratégia, desafiamos o nosso pensamento automático e tentamos ver as coisas como elas realmente são.

Quando nos permitimos experimentar uma linguagem diferente, podemos perceber que nem sempre um problema é tão insolúvel quanto parece, e que podemos, sim, ter um maior controlo nas nossas vidas.

Bem hajam e façam o favor de se facilitarem a vos mesmos.

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