Longe vai o tempo em que o então jovem padre Luciano Guerra prestava serviço de capelão no Santuário de Fátima e conhece o padre Luís Kondor.
Em conversa com o Notícias de Fátima, Mons. Luciano Guerra recordou alguns momentos de uma amizade que começou com o convite do padre húngaro para uma ida à praia. “Fomos de mota, uma boa mota, ele teve sempre boas viaturas!”.
Luciano Guerra viria a entrar em funções como Reitor do Santuário, em 1973. À amizade que unia os dois sacerdotes juntou‑se a ligação institucional.
“Como reitor, uma das coisas mais importantes que fiz com o padre Kondor foi uma viagem à Polónia, ainda no tempo do comunismo. Fomos os dois; na Polónia ele tinha padres do Verbo Divino, que nos aco‑ lheram. Percorremos uma parte importante da Polónia, alguns santuários, como o de Czestochowa; fomos depois à Jugoslávia, antes passámos pela Áustria, e na Checoslováquia não pudemos parar, pagámos para atravessar o país, mas não pudemos parar. Foi uma experiência realmente fecunda, que me levou a escrever sobre ela no jornal “Voz da Fátima””.
“O padre Kondor foi em Fátima um lídimo representante dos mártires do comunismo. Era um homem humanamente feliz, que vivia bem, conseguia a amizade de muitas pessoas, trouxe para cá milhares de milhares de contos de réis, com os quais ajudou muitas obras, como a construção do Colégio São Miguel, de algumas casas de freiras, particularmente as Carmelitas, o Seminário de Leiria, a Casa Episcopal, e outras ajudas”.