O bispo da Diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, acaba de publicar a mensagem para o tempo litúrgico da Quaresma, que vai começar na próxima quarta-feira, dia da imposição das cinzas.
D. António Marto chama a atenção para as fragilidades que resultam da pandemia às quais deve ser dada uma resposta que rejeite o individualismo. "Ao vírus do individualismo e da indiferença aplica-se a medicina do cuidado recíproco. Devemos ter presente que cuidar não se limita a prestar cuidados indispensáveis. Começa antes demais por aproximar-se do outro”, propõe.
Na segunda parte da sua mensagem, D. António Marto discorre sobre quatro pontos concretos.
No primeiro anuncia o destino a dar à renúncia quaresmal deste ano: por sugestão da Presidente da Cáritas nacional, a colecta feita será destinada à Cáritas de Leiria, devido ao “aumento exponencial do número cada vez maior de pessoas e famílias que recorrem às Cáritas diocesanas”. O prelado indica que também este ano não será efectuado o habitual peditório de rua, nem o ofertório.
Sobre o sacramento da penitência e reconciliação, D. António Marto exorta os fiéis à sua celebração e lembra os sacerdotes de que devem acatar as normas da Penitenciaria Apostólica, com a escolha de “um lugar ventilado fora do confessionário, a adoção de uma distância adequada, a utilização de máscaras protetoras, sem prejuízo da atenção absoluta à salvaguarda do sigilo sacramental e à necessária discrição”.
Acerca de Peregrinação diocesana a Fátima, este ano, refere, “não será possível fazê-la na forma habitual com a presença da assembleia dos fiéis”. Por isso, D. António Marto sugere que seja feita sob a forma de peregrinação interior. "Vamos realizá-la sob a forma de peregrinação interior. Como bispo celebrarei a santa Missa no Santuário com uma representação muito reduzida de cada vigararia. Esta celebração é transmitida pela TV Canção Nova e possibilita que muitos estejam espiritualmente unidos", escreve o cardeal.
Finalmente, informa que o biénio previsto no plano pastoral, passa a triénio. “Tínhamos traçado um programa pastoral para este primeiro ano do biénio dedicado à ‘Eucaristia, comunidade cristã e missão’ na esperança de que a pandemia regredisse”, explica. Porque isso não aconteceu “sentimo-nos obrigados a adiar para o próximo ano algumas actividades programadas para este”.