Valentyna Veychuk chegou a Portugal há 20 anos. Para trás, na Ucrânia, deixou uma carreira dedicada ao ensino da Matemática. Tanto ela como o marido, na altura a trabalhar como camionista, ganhavam mal e não conseguiam fazer face às despesas da família. Decidiram tentar a sorte em Portugal. Primeiro veio o marido. Valentyna juntou-se um ano depois, com os dois filhos. Iniciaram uma nova vida em Óbidos. Integraram-se bem e ainda hoje têm os mesmos patrões. Os filhos também se adaptaram bem. A filha foi considerada a melhor aluna da escola, em Óbidos. Actualmente, estuda Direito, em Lisboa. O filho vive em França. Tanto o casal como os filhos encontraram a felicidade nos países que os acolheram, mas não esquecem as suas raízes. Aliás, o filho quis casar na Ucrânia e a filha quase todos os anos vai lá passar férias.
É com tristeza e preocupação que assistem à invasão do seu país por parte da Rússia. Um conflito que, segundo as palavras do Papa Francisco, “está a causar sofrimentos cada dia mais terríveis àquela atormentada população, ameaçando mesmo a paz mundial”.
“Muito religiosa”, Valentyna encontra em Fátima um conforto para os seus anseios. “Fátima é um local onde nós nos sentimos muito bem. Venho aqui muitas vezes. Antigamente, vinha rezar pelas nossas famílias, pelos nossos problemas… Agora, que começou a guerra, venho todos os sábados rezar pela paz e pelo fim da guerra. E hoje venho rezar sobretudo pela paz e pelos soldados que estão a combater no terreno. O governo não divulga o número de soldados mortos em combate, mas suspeitamos que já morreram muitos…”.
Leia a notícia na íntegra na edição impressa de 01 de Abril de 2022.