A reflexão do teólogo começou por destacar a renovação da Igreja e o cuidado da Terra como os dois pilares essenciais da proposta do Papa Francisco, visando “uma Igreja renovada para cuidar da casa ‑comum e não só dela própria, para que seja capaz de responder ao desafio do seu Senhor”. “Se o Papa apenas se cingisse à reorganização da Igreja, estaria a falhar na missão da Igreja, porque faltaria esta atenção à Casa-Comum”, disse Juan Ambrosio.
Sobre o Sínodo Pan‑Amazónico, destacou que se trata de um acontecimento que não está limitado à região geográfica a que se refere, a Amazónia, isto por ser uma acção “para o bem de toda a Igreja”, uma Igreja chamada a “olhar junto, a discernir junto, ( ) a decidir e a implementar junto — a dimensão de sinodalidade — e também a rezar junto sobre o caminho que Deus espera para si mesma neste milénio”. “A Igreja é chamada a escutar o povo, a ouvir os clamores dos povos”, lembrou Juan Ambrosio, referindo que essa mesma escuta pode ser entendida como um lugar teológico, “um lugar a partir do onde se pensa a fé”.
“A Amazónia é muito mais do que as penas, o folclore e as tradições indígenas que ficamos deliciados a ver. Estão ali em causa as verdadeiras questões da humanidade”, referiu fazendo votos que “o que está a ser pensado [no Sínodo] crie caminhos para a Igreja e para o Mundo”.