A Assembleia Municipal de Ourém despediu-se do vereador e vice-presidente do Município, Natálio Reis, que decidiu deixar a vida política para se dedicar a projectos pessoais. O autarca foi alvo de elogios, mas também de algumas críticas, por abandonar o mandato, um ano depois de ter tomado posse.
Natálio Reis participou na última sessão da AMO, que decorreu no sexta-feira, 30 de Setembro, dia em que o autarca deixou as funções de vereador e vice-presidente da autarquia ouriense, que exercia há cinco anos.
João Moura, presidente da AMO, enalteceu o trabalho desenvolvido por Natálio Reis, referindo que “desempenhou brilhantemente um conjunto de responsabilidades que lhe foram atribuídas” e, num gesto simbólico de agradecimento, ofereceu-lhe o Brasão Municipal.
O presidente Luís Albuquerque destacou, por sua vez, “o empenho, a dedicação e a paixão” que o autarca fatimense nutre pelo concelho de Ourém. Segundo as suas palavras, “Natálio Reis ofereceu-nos um contributo decisivo para o desenvolvimento do território”.
Executivo “fica mais pobre”
Vítor Santos, do grupo municipal do PS, também deixou uma “palavra de apreço” ao trabalho de Natálio Reis”, destacando “a sempre correcta conduta do vereador”, assim como o “excelente trabalho” desenvolvido em áreas como o Ambiente, a Fatiparques ou o ordenamento do território.
“Natálio Reis foi sempre um garante de inovação e ousadia”, afirmou o deputado socialista, considerando que o executivo PSD-CDS “fica mais pobre” e “mais vazio”.
Tendo em conta que a Coligação PSD-CDS já sabia de antemão que Natálio Reis não iria terminar o mandato, Vítor Santos acusou a maioria PSD-CDS de ter usado o vereador “como um triunfo eleitoral”, procurando “o melhor para o executivo e não para os ourienses”.
Uma “traição” ao eleitorado e ao povo de Fátima
Já o deputado fatimense, Filipe Mendes, recebeu a notícia da renúncia de Natálio Reis com um “misto de choque e desilusão”. “Tenho a certeza absoluta que a gestão camarária ficará ainda mais pobre neste concelho”, lamentou o deputado socialista, considerando que “a renuncia do vereador também poderá ter a interpretação de desistência”.