José Coelho Heleno partiu na segunda feira, 31 de Janeiro, aos 84 anos. Era natural de São Mamede, mas passou praticamente toda a sua vida em Fátima. Aqui cresceu, aqui constituiu família (era casado com Maria Emília Heleno e pai de dois filhos – Jorge Heleno e Elsa Heleno) e aqui progrediu enquanto empresário ligado à área da restauração e hotelaria, sendo um dos hoteleiros mais antigos e respeitados da cidade. A par da sua vida familiar e profissional, José Coelho Heleno não descurou o associativismo e altruísmo. Foi presidente, secretário e tesoureiro do Rotary Club de Fátima, tendo ele e os seus companheiros oferecido à cidade o Monumento ao Peregrino, situado na Rotunda Norte. A convite do padre Manuel Henriques, fez parte da direcção do Centro Paroquial de Fátima. Foi membro da direcção da Associação de Restaurantes e Hotéis do Centro e, por inerência, também fez parte da Comissão de Turismo de Leiria. Também fez parte do movimento “Pró‑concelho de Fátima”. Na última entrevista que concedeu ao Notícias de Fátima, por ocasião do dia 13 de Maio de 2020, José Coelho Heleno não teve dúvidas em afirmar que “Fátima vai ser sempre uma terra grande”, mas deixou um conselho: “Têm é de criar mais infraestruturas. E os mais novos não podem adormecer”.
Armando Pereira Francisco deixou‑nos na quarta‑feira, 26 de Janeiro, aos 67 anos, vítima de doença prolongada. Também dispensa apresentações, tal foi o seu grande envolvimento, trabalho e amizade na comunidade fatimense. Nasceu na Eira da Pedra em 3 de Fevereiro de 1954, o mais novo de dez irmãos. Ficou órfão quando tinha 4 anos de idade. Começou cedo a trabalhar, aos 11 anos, no café e restaurante Santa Cruz. Aos 16 anos foi trabalhar para a Pedreira do Moimento, nas máquinas, sempre considerado um trabalhador dedicado.
Aos 33 anos, depois de casar com Lúcia Pereira, de quem teve dois filhos, Ana Pereira e Jorge Pereira, Armando Pereira Francisco decide estabelecer‑se por conta própria e funda, em Setembro de 1986, em sociedade com o seu cunhado, a empresa Desarfate, motivo pelo qual passou a ser conhecido na comunidade como o Armando da Desarfate. A empresa iniciou a sua actividade na área de movimentação de terras, transformando‑se numa empresa de grande valor económico na área dos desaterros e obras públicas, mas também de valor social, por empregar tantas famílias da região. Mas a sua vida não se ficou pelos negócios, Armando Francisco tornar‑se‑ia o principal rosto em vários projectos, quer por integrar os corpos sociais de várias instituições, quer pelo trabalho directo que nelas realizava, sem esquecer os apoios solidários que nunca negava. E são muitas as entidades às quais o seu nome ficará para sempre associado, entre outras, Paróquia de Fátima, Junta de Freguesia de Fátima, Centro Desportivo de Fátima, Santa Casa da Misericórdia de Fátima‑Ourém, Casa do Povo de Fátima e Bombeiros Voluntários de Fátima.
Armando Pereira Francisco era um homem humilde, sempre afável e acessível, que acolhia a todos com carinho, disposto a ajudar e apoiar os seus irmãos fatimenses e que sempre contribuiu para o desenvolvimento da terra.
No seu falecimento, mas cremos que também em vida, pela proximidade que mantinha, Armando Pereira Francisco recebeu dos fatimenses o agradecimento pela sua incansável ajuda a tantas instituições e famílias.