A par das manifestações de solidariedade com o povo ucraniano face à invasão russa, têm-se multiplicado as acções de recolha de bens para enviar para a Ucrânia. Habituada a enviar contentores para os países africanos, a Associação Mãos Unidas com Maria não ficou indiferente aos apelos que lhe chegaram à caixa do correio electrónico. Entrou em contacto com uma dessas organizações (trata-se de uma organização que está a apoiar o exército ucraniano) e lançou, no Facebook, um repto aos interessados em contribuir para esta causa, quer através da doação de bens, quer a fazer o empacotamento, que depois será recolhido pela referida organização.
A ajuda não tardou a chegar. Aliás, foi tal a rapidez que até deixou a responsável da Associação Mãos Unidas com Maria surpreendida. “É preciso vir uma guerra para eu conseguir voluntários”, comenta Florinda Marques, meio a sério, meio a brincar. A preparar há vários meses um contentor para enviar para Cabo Verde, a voluntária desabafa que “tem sido muito difícil conseguir ajuda”. “É muito desgastante estarmos a trabalhar muitas horas seguidas e não termos voluntários”, queixa-se. Neste caso, “foi muito rápido! Vieram pessoas de Porto de Mós, Caxarias…”, afirma visivelmente feliz. A acção ficou concluída em tempo recorde, ou seja, em 42 horas conseguiram material (medicamentos, produtos de higiene, fraldas, comida enlatada, bolachas, cereais, roupa, cobertores, etc), para “cinquenta e muitos caixotes”, que seguirão por estes dias rumo à Ucrânia.
Leia a notícia na íntegra na edição de 04 de Março de 2022.