Passadas mais de duas décadas do veto presidencial à elevação de Fátima a concelho, o líder do movimento acredita que continua a fazer sentido lutar por esta causa. “As especificidades de uma terra como Fátima cada vez são mais evidentes e maiores”, afirmou, considerando que “a estrutura municipal não responde cabalmente a todo um leque de necessidades que Fátima sente a cada dia”.
Neves Martins confessou sentir-se “prejudicado” por Fátima não ser concelho. A título de exemplo, referiu o caso da Estrada de Minde, que está a ser alvo de uma requalificação profunda. Esta obra “está atrasada 20 anos no tempo”, disse. E recordou que, na altura, “ficou combinado com a Câmara de Alcanena que Ourém retomaria a beneficiação da mesma estrada no sítio de Vale Alto, freguesia de Minde. Isso nunca foi feito. Passaram 20 anos. É uma vergonha. Como fatimense sinto-me ofendido”.
“Fátima tem de ter aquilo que merece”, defendeu. O concelho será a “reposição de um sentido de justiça que nos atraiçoou”, acrescentou, referindo-se ao veto presidencial. “A nossa causa é Fátima”, sublinhou. E “como não há duas sem três”, a proposta de elevação de Fátima a concelho “vai passar” no Parlamento e a decisão “ficará nas mãos do Presidente da República”.
Neves Martins esclareceu que na base do movimento não há qualquer tipo de interesse a não ser a “vontade do povo”. E também “não há qualquer intenção de conflito”, assegurou. E deixou claro que “o nosso movimento é autónomo das ideias, não vamos confrontar-nos com qualquer tipo de poder democraticamente instituído”. Em relação a Ourém, “zero hostilidades da nossa parte”, assegurou. Adiantou ainda que o movimento está a aguardar um agendamento com o Município de Ourém. E reafirmou: “A nossa proposta é sempre de conversação amigável com todos”.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 26 de abril de 2024.
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