Entre os desafios que marcaram o dia chuvoso mas rico em ideias, destaca-se o repto lançado por José Arruda, secretário geral da AMPV - Associação de Municípios Portugueses do Vinho. O dirigente desafiou a autarquia de Ourém a candidatar-se a capital do vinho durante um ano. A ideia foi bem acolhida pelo presidente Luís Albuquerque. Na sessão de encerramento, o autarca anunciou que o Município tem "diversas actividades pensadas" para promover o vinho. Entre essas iniciativas, está a apresentação de uma candidatura a capital do vinho. Segundo referiu, o assunto já foi debatido "em sede do executivo municipal" e, num futuro próximo, haverá condições para se avançar com a candidatura, que irá trazer "vantagens" ao concelho.
Durante o seminário, também ficou expressa a vontade de aproveitar o vinho como factor de atracção de turistas. "O tema da cultura e do vinho traz muita gente às regiões onde esta temática já está a ser explorada", referiu José Arruda, defendendo que Ourém tem todas as condições para ter um percurso de vinhos.
A estratégia da autarquia vai nesse sentido, daí ter cedido uma das salas da antiga escola de Atouguia à VitiOurém com vista à instalação da sua sede. "É uma associação importante para o concelho mas estava completamente moribunda e desvalorizada", reconheceu Luís Albuquerque. Agora, o autarca quer "dar-lhe uma nova alma para que possa trabalhar em prol dos vitivinicultores de Ourém".
António Lopes, presidente da VitiOurém, também se mostrou entusiasmado com o novo rumo da associação, defendendo que "é fundamental todo este trabalho que estamos a fazer", nomeadamente em prol do vinho medieval de Ourém. Segundo o responsável, quem prova o vinho medieval de Ourém "nunca mais o esquece", devido às suas características especiais.