Estudou Design de Interiores no Brasil, de onde é natural, mas o gosto pela cozinha falou mais alto, até porque lhe está no sangue. Cresceu no seio de uma família numerosa e empreendedora – o seu avô levou o cinema mudo para o estado do Piauí e a sua mãe inventou o salgado mais conhecido daquele estado do nordeste brasileiro.
“Na realidade, isto vem de geração em geração, tem passado de pai para filho e de mãe para filha”, conta Maria José, que tem raízes espanholas e sírias. E prossegue: “A nossa família é muito voltada para o lado culinário, é à volta da mesa que se conversa, é ali que se decide, é ali que se fazem as pazes (…). A nossa mesa foi sempre muito vasta, muito farta (…). Eu cresci dentro de uma lanchonete, cheirando a salgado e a bolo. Quando ia para a escola, todo mundo brincava: ‘Ah, chegou o pastelinho’. Eu ficava zangada, mas sentia muita felicidade por ver que a minha mãe fazia o que mais ninguém fazia, ela levou a pizza para o nosso Estado, ninguém sabia o que era”, afirma.
Também cresceu com a ideia de que não ia seguir os passos da família. “Na realidade, eu dizia: ‘Ah, eu nunca vou fazer salgados, eu não quero vender salgados’”, recorda Maria José, que procurou outros caminhos, como o design de interiores e o artesanato. Contudo, começou a despertar para a cozinha. “Comecei a aprender a fazer comida e comecei a gostar do sabor das coisas que fazia”, recorda Maria José, que reconhece que o gosto pela cozinha está no sangue da sua família. “Um faz comida síria, outro faz salgados… e sempre com aquele amor, com aquela paixão…”.
Leia a notícia completa na edição impressa do Noticias de Fátima no dia 15 de março de 2024.
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